terça-feira, 17 de agosto de 2010

O inferno de todo o Brasileiro


Sim meus caros e minhas caras, o inferno existe, eu mesma fui la hoje, é o famoso Posto de saúde Público. Também conhecido como postinho ou postão, depende do tamanho do posto que tem ai no teu bairro.
Ok né, peguei um gripão, achei que ia morre, nem fui na aula. Daí minha mãe me levo no Postinho, afinal, como se não bastasse a filha, a mãe também pego gripão, só que o dela foi pior. O jeito é ir as duas no postinho logo, porque se depender do meu pai, nem chá ele sabe fazer pra cuidar da gente (fato).
Calma, vou pegar café. Pronto.
8 e meia da manha, pegamos o carro e fomos no postinho do bairro. Chegando la, já tinha gente estressada, daí chego a vez da minha mãe marca a consulta, a mulher la me fala que é por ficha, e só tem ficha pro dia 26. Tenho pena de quem estiver morrendo, será que até dia 26 vai ta vivo ainda?
Enfim, ligamos o foda-se , e fomos no posto do centro da cidade. 9 horas chegamos la, super lotado o lugar, marcamos a consulta e fomos esperar, em pé óbvio, não tinha onde sentar.
Eu me escorei no lado da porta de entrada pra respirar o ar la de fora, porque gente, tava critico, la dentro era uma energia, uma troca de viroses incrível, um tossindo em cima do outro, e os mais educadinhos botavam a mão na frente, mas depois esfregavam a mão no cabelo, tava lindo de ver. Ok, eu não tinha escolha, a coisa não podia piorar né?
Sim, podia, e piorou.
Parou do meu lado na porta um casal com um Bebe, ta bom, bebe não, uma criança com uns 3 anos de idade, e vocês não imaginam como eu adoro crianças. Quando elas tão dormindo claro.
Não deu 2 minutos a criança começo a berra, chorar, espernear, pensei que ia matar alguém, isso se eu não matasse ela antes.
Minha dor de cabeça só aumentou, mas tudo bem, já aconteceu tudo que tinha pra acontecer né? Não. Uma Senhora que tava do meu lado ficou me olhando sem disfarçar, porra meu, isso é muito chato, resolvi olhar pra ela pra ver se ela ia falar alguma coisa. Pra que né? Ela olha e fala:
'o que tu tem? Ta frio né? Menina, eu to aqui desde as 7 e meia da manha...’ PUTA QUE PARIU, desculpem o palavreado, mas a situação pede. Gente inconveniente, credo.
Só concordava com tudo o que ela falava, e me veio um alívio quando eu escuto meu nome. Era o Enfermeiro me chamando. Entrei, ele mediu a minha pressão, e a febre, e perguntou o que me trazia ali. Falei. Ele anotou tudo num papel e disse: ‘Só aguardar no saguão’. DE NOVO NÃO. Mas fui. Depois de 2 HORAS EM PÉ, berram meu nome pra mim passar para a outra ala do posto, e eu pensei: ‘Finalmente vou sentar’. PORRA MEU, tinha mais gente em pé ali do que no saguão. Tive vontade de chorar, admito. Mas vamos la, Brasileiro é isso, agora entendo porque dizem que não desiste nunca.
Minha mãe tava junto comigo, e ali naquela ala do posto foi mais rápido, e o médico me chamou.
Entrei la. Só pra começar, ele pede pra sentar, eu sentei. Ele olha a folha la onde o Enfermeiro anotou o que eu tinha, ele lê com calma, olha pra mim e pergunta: ‘O que tu tem?’. SEU JUMENTO,TU NÃO SABE LER?. Tudo bem, falei tudo de novo. Ai o médico estava sem o jaleco, sem crachá, e sem luvas, ai ele pega um palito de picolé e enfia na minha boca. CADÊ A HIGIENE?. Ele me deu a receita, o atestado, e eu fui almoça com a minha mãe, e me preparar psicologicamente. De tarde, era a vez da minha mãe.
Voltamos pro postinho, que saudade né?.
Eu fiquei esperando do lado de fora, meu vizinho tava la, daí tinha alguém pra conversa.
E veio um senhor de idade oferecer salgadinho e Refrigerante, eu muito educadamente falei que não queria, o famoso ‘não, obrigada’. Ele parou do meu lado pra descansar, e COMEÇOU A CANTAR, meu, que porra é essa? Pior que era um pagode infernal, e meu vizinho começou a rir e vem dizer que é um ótimo partido pra mim casar.
Minha mãe é que salvou, já era 4 horas da tarde, ela saiu de la, indignada com a ignorância da doutora, sério, ela saiu de la com lágrimas nos olhos.
Compramos os remédios, e viemos embora. Minha mãe sempre calada, depois de ter chorado um pouco, ela me contou o que a doutora falou pra ela, mas não vale nem a pena comentar aqui, a ignorância e indiferença dessa gente me da nojo.
- A questão é, das 8 e meia até as 4 horas naquele lugar, eu posso dizer: Eu fui ao inferno!
Sem mais. Beijo e bom café ^^

2 comentários:

Anônimo disse...

meu deus,é como meu amigo, o referencial da sua casa é o inferno, ou seja, ele sempre fala o inferno ta ao lado e não em baixo.

Mas apesar disso, eu quero dizer que eu amo café, e adorei seu blog ^^'
prazer Loop (Rafael).

Caarol disse...

Sim, o Inferno é aqui meu amigo =p HFDHFUIDHUF

Eu também, sou viciada em café, e obrigada *-*
O prazer é meu, Caarol (:

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